Bernardo foi encontrado morto em cima da cama dos avós. O suspeito disse que cometeu o crime por não aceitar o término com a mãe da vítima

Pai confessa ter matado filho com achocolatado envenenado e asfixia

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Fernando Nelson Neves Nascimento, de 37 anos, confessou para a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) que matou o próprio filho, identificado como Bernardo Souza Nascimento, de 6 anos, após não aceitar o fim do relacionamento com a esposa. O suspeito informou às autoridades que deu um achocolatado com um sedativo para a criança e depois a estrangulou.


Veja o que aconteceu

  • Bernardo foi encontrado sem vida em cima da cama dos avós, no bairro Jabaeté, em Vila Velha, na Grande Vitória (ES), na última quinta-feira (30/1).
  • O homem foi preso no sábado (1/2), dois dias após matar a criança. As confissões foram divulgadas pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (3/2).
  • A Polícia Científica informou que elementos encontrados durante a perícia do corpo da criança concretizam a hipótese de que ela foi sedada e morreu asfixiada.
  • O resultado dos exames irá comprovar se Bernardo morreu por asfixia mecânica por conta do estrangulamento ou asfixia em razão do envenenamento. O suspeito está preso no Centro de Triagem, na Região Metropolitana de Vitória.
  • Após o assassinato, ele ainda publicou um vídeo íntimo da ex-companheira nas redes sociais, reforçando a hipótese de que ele tinha intenção de causar dano emocional, segundo a polícia.

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Ainda conforme a perícia, na casa do suspeito, em cima da pia da cozinha, foi encontrado uma caneca com um achocolatado de coloração semelhante ao escorrimento que saia da boca da vítima. Outros medicamentos também estavam no local.

Segundo o delegado adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, Adriano Fernandes, o suspeito não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da vítima, de 42 anos. Ela chegou a pedir medida protetiva contra o pai da criança.

“Quando o casal terminava, ele perseguia a mulher, fazia violência psicológica, procurava no lugar de trabalho, na igreja. Ele prometia mudar e eles acabavam voltando. Mas no último término, em dezembro de 2024, ela procurou a delegacia, registrou boletim e falou que o Fernando ameaçava ela e as crianças”, informou o delegado.

Um dia antes do crime

Na véspera do dia do crime, o homem foi com a ex e Bernardo dar um passeio na praia e, ao retornarem para a casa, a criança comentou com o suspeito que a mãe planejava se mudar com os três filhos.

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O delegado acredita que essa conversa foi o possível gatilho para o suspeito tomar a decisão de matar a criança com a intenção de atingir a ex-esposa. A polícia investiga se a morte do menino foi premeditada ou se o suspeito decidiu matá-lo após saber da mudança da ex-companheira.

“Quando voltavam para casa, o Bernardo, de forma inocente, disse que ele, a mãe e os outros irmãos iam se mudar. A gente não sabe se ele já estava com a intenção de matar antes ou se ele resolveu fazer isso quando ele soube que a ex ia se mudar. Estamos investigando”, comentou.

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